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domingo, 28 de março de 2010

A FORMA DE MINISTRAR O BATISMO

Entre os que defendem a imersão como única forma de batismo válido o maior argumento é o de que a palavra grega baptismo quer dizer imegir. Tal argumento é um erro que refutaremos com pouco esforço. Basta considerarmos que as Escrituras afirmam que o povo de Israel foi batizado, com Moisés, nas nuvens que os protegiam de dia e na travessia do mar vermelho (ICor 10.2), sem que em qualquer dessas expressões houvesse qualquer conotação a imersão. Aliás, neste último caso quem imergiu foram os egípcios.

Também não se pode ignorar o texto de Mateus 15:2, em que o termo baptismo é traduzido por lavar. Isso já nos bastaria para repudiar qualquer ensino da obrigatoriedade de imersão para o rito do batismo. Entretanto, o que veremos a seguir não somente nos mostrará, pelas Escrituras Sagradas, que a imersão não é a única forma de se batizar, mas também que a imersão não é a forma ensinada na Bíblia para aplicação do batismo.

Com três simples perguntas poderemos chegar a um conceito claríssimo:

1- Por que Jesus se batizou?
A resposta Ele mesmo a deu: “Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.15). Pela resposta do próprio Jesus, entendemos que não tinha Ele pecado algum para que precisasse do batismo, mas que deveria ser batizado para cumprir o que a Lei ordenava. Cabe-nos, então, a segunda pergunta:

2- O que a Lei, que Jesus cumpriu, falava sobre o modo de batizar?
Vejamos Números 8:7: “assim lhes farás, para os purificar: asperge sobre eles a água da expiação”. Vejamos também Números 19.18-19: “Um homem limpo tomará hissopo, e o molhará naquela água, e a aspergirá sobre aquela tenda, e sobre todo utensílio, e sobre as pessoas que ali estiverem; como também sobre aquele que tocar nos ossos, ou em alguém que foi morto, ou que faleceu, ou numa sepultura. O limpo aspergirá sobre o imundo ao terceiro e sétimo dias; purificá-lo-á ao sétimo dia; e aquele que era imundo lavará as suas vestes, e se banhará na água, e à tarde será limpo”. Estas são apenas algumas referências ao batismo por aspersão, sem, contudo, termos uma única referência bíblica que evidencie a imersão.

3- Teria Jesus, com intuito de cumprir a Lei, se batizado de forma diferente da forma ordenada pela Lei?
Obviamente NÃO.

É claro que o batismo sofreu algumas reformas instituídas pelo próprio Mestre. Um exemplo disso é a fórmula, que passou a ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; Outro exemplo é o próprio conceito que deixou de ser apenas para perdão dos pecados e passou a ser também por sinal da nova aliança e ingresso à igreja visível. Entretanto, no que se refere a forma, não encontramos em parte alguma das Escrituras qualquer alteração. Concluímos assim que, embora consideremos válido o batismo administrado por imersão, até que se mostre, nas Escrituras, a alteração da forma da administração batismal, devemos preservar a forma original do batismo, que é, inegavelmente, a aspersão.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi,
gostei muito da sua análise, simples, direta e verdadeira.
Estou postando no meu blog uma série de estudos sobre o batismo. Se quiser, dê uma olhada no link:
http://revmauricio.blogspot.com.br/2012/11/estudos-sobre-o-batismo-parte-1.html